TRF2 promove debate sobre coleta seletiva e sustentabilidade

A importância da coleta seletiva e da destinação correta de resíduos e inservíveis foi o tema de evento realizado na manhã desta segunda-feira, 9/12, no auditório do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2). Durante uma hora e meia a assistente social e secretária da Cooperativa de Trabalho e Produção de Materiais Recicláveis Ideal (Coopideal), Marta Regina Nistaldo de Oliveira Jorge, falou sobre o impacto positivo dessa prática sobre o meio ambiente e a economia. A fala foi dirigida a uma plateia que lotou o auditório, formada pelas equipes de funcionários e funcionárias da empresa que presta serviços de manutenção predial no tribunal, e que são responsáveis pela separação de resíduos produzidos na Corte.

A palestra é uma iniciativa do TRF2 organizada pela Coordenadoria de Projetos, Gestão por Processos e Gestão Socioambiental (Cogesa), com o apoio do Núcleo de Atividades Auxiliares (Nuata). Na quarta-feira, 4, a mesma apresentação foi feita no Centro Cultural Justiça Federal, no Centro do Rio de Janeiro, para as equipes que atuam no local. Em sua fala, a representante da Coopideal, lembrou que a entrega do material separado a uma cooperativa de catadores credenciada é garantia de que o refugo terá o devido tratamento, além de que as credenciadas têm o compromisso de receber e destinar adequadamente todo e qualquer material descartado, e não apenas aquele que tenha valor comercial.

Nesse ponto, Marta Nistaldo parabenizou o TRF2 por manter um programa de parceria com várias cooperativas de catadores que têm chancela oficial para operar. Esse cuidado, disse, contribui para melhorar o panorama da reciclagem no Brasil, que ainda ocorre de forma limitada: dados trazidos pela secretária da Coopideal dão conta de que apenas 4% dos recicláveis descartados pelas famílias, empresas e órgãos públicos são enviados para serem processados e reaproveitados. Ainda assim, destacou a palestrante, somente os catadores vinculados à Coopideal foram responsáveis pelo processamento de 100 toneladas de resíduos mensalmente, em 2024.

Mas o trabalho da Coopideal, prosseguiu Marta Nistaldo, não se limita à administração do trabalho de catação e transformação do material coletado. Ela explicou que a atividade educativa é também uma frente importante a que se dedica regularmente. Nesse sentido, tem destaque justamente a realização de ações de conscientização sobre a importância da atuação dos cooperativados, como a que ocorreu no TRF2. Os principais destinatários dessas ações são alunos do ensino fundamental e médio, condomínios, empresas e entes públicos.

Nesses encontros, as apresentações detalham como o fortalecimento da reciclagem concorre para a redução do consumo de recursos naturais, para a preservação dos ecossistemas e, por consequência, para desacelerar as mudanças climáticas: “Além disso, é uma fonte de geração de emprego, renda e dignidade para os trabalhadores e suas famílias”, pontuou Marta Nistaldo. Ela ainda lembrou que esse compromisso encampado pela cooperativa e instituições parceiras – incluindo o TRF2 – atende ao objetivo de desenvolvimento sustentável (ODS), da Agenda 2030 das Nações Unidas, que propõe às nações signatárias a substancial redução, até 2030,  da geração de resíduos “por meio da prevenção, redução, reciclagem e reúso”.

Visita

A palestra da assistente social dá sequência a um programa de disseminação da informação e capacitação promovido pela Cogesa. Em agosto, o setor já havia realizado uma aula de campo para servidores e servidoras do tribunal que então participavam do curso de gestão de resíduos promovido pelo setor. Na atividade in loco, eles e elas tiveram a oportunidade de desenvolver uma compreensão prática do processo de coleta seletiva e do papel crucial desempenhado pelas cooperativas de catadores de resíduos.