CJF: Iniciativas selecionadas para o prêmio “Boas Práticas em Rede” refletem Justiça mais moderna, afirma representante da Ajufe e integrante da comissão avaliadora

O prêmio “Boas Práticas em Rede” (Replicabilidade, Eficiência, Desenvolvimento Conjunto e Excelência), lançado pela Corregedoria-Geral da Justiça Federal (CG), já tem as seis práticas definidas pela comissão avaliadora, são elas: TRF1 – Projeto Justiça Verde: Priorização da Jurisdição Ambiental; TRF2 – Fale Fácil Atendimentos Simplificados; TRF3 – Fábrica de Cálculos; TRF4 – Central de FGTS; TRF5 – (Re)design de serviço público: filas de cirurgias eletivas do estado do Ceará; e TRF6 – Juizados Especiais Federais Virtuais (JEFs Virtuais): Inovação, Acesso à Justiça e Eficiência na Justiça Federal.

As propostas foram selecionadas na reunião da comissão, em 7 de abril, e seguiram os critérios da Portaria CJF n. 127/2025. Segundo a juíza federal Marcelle Carvalho, representante da Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE) e integrante da comissão, as iniciativas enviadas para análise demonstram a preocupação dos envolvidos em prestar uma jurisdição mais eficiente e célere.

Em entrevista ao Portal do CJF, a juíza enfatizou a qualidade e diversidade das práticas apresentadas, ressaltando como “o processo de seleção evidenciou a importância do trabalho integrado entre Regiões e instituições”.

Confira a íntegra da entrevista:

Pergunta – O prêmio “Boas Práticas em Rede” reuniu iniciativas muito diversas. O que mais lhe chamou atenção nas práticas avaliadas? Algum aspecto em comum entre elas?

Juíza federal Marcelle Carvalho – O conjunto das práticas demonstra a preocupação dos envolvidos em prestar uma jurisdição mais eficiente e célere. Também reflete uma Justiça mais moderna, que se adapta às novas tecnologias e as aplica.

Pergunta – Como a senhora avalia a importância da colaboração e do trabalho em rede para a construção de soluções dentro da Justiça Federal?

Juíza federal Marcelle Carvalho – Diante do volume de processos e da escassez de mão de obra, essas práticas em rede se tornam essenciais para a redução do acervo processual. Há demandas em massa, cujas análises necessitam ser feitas em conjunto, identificando os pontos em comum e adotando-se soluções coletivas; a análise isolada dos casos deixa de ser uma solução adequada, pois pode resolver o problema de um indivíduo, mas permanece o conflito na sociedade.

Pergunta – O que representa, para a AJUFE e para a magistratura federal, participar de iniciativas que estimulam a inovação e o compartilhamento de boas práticas?

Juíza federal Marcelle Carvalho – A AJUFE também tem o papel de incentivar sua participação e divulgar essas boas práticas – não só as vencedoras, mas todas as inscritas –, pois todas elas buscam uma prestação jurisdicional mais célere e efetiva. E a AJUFE, com sua participação, cumpre com os objetivos institucionais, especialmente o de fortalecer o Poder Judiciário e seus integrantes.

Pergunta – Quais desafios ainda precisam ser superados para que a cultura da inovação se fortaleça cada vez mais no Judiciário?

Juíza federal Marcelle Carvalho – Acredito que muito já caminhamos e evoluímos. O respaldo da Administração é essencial para que as práticas saiam do mundo das ideias e sejam efetivamente aplicadas; a integração entre os tribunais, para melhoria e replicação de cada uma delas; e treinamento dos magistrados, voltado à aquisição do conhecimento e de habilidades, embora já tenhamos vários colegas extremamente capacitados e que cumprem muito bem essa missão de criarem práticas inovadoras e disruptivas.

Premiação

Além de receber o prêmio, a Região vencedora será contemplada com o selo “Boas Práticas em Rede”, que será entregue no 1º Encontro Nacional de Inovação e Boas Práticas da Justiça Federal, marcado para 14 e 15 de maio.

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24/4/2025 - Comissão avaliadora do prêmio “Boas Práticas em Rede” define iniciativas finalistas