Escola de Mediação do TRF2 entrega na JFES, em Vitória, certificados a formandas do Curso de Conciliação e Mediação

A Escola de Mediação do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) realizou, nesta tarde, na sede da Justiça Federal do Espírito Santo (JFES), em Vitória, a cerimônia de entrega dos certificados para quatro alunas do Espírito Santo que concluíram os Cursos de Formação de Conciliadores e Mediadores Judiciais.

Edirlanne Rocha Rossi, Jéssica Santos Traspadini, Brunelli da Ros Peruch Monier e Kailany dos Santos Rébuli firmaram termos de compromisso e receberam os diplomas pelas mãos das juízas federais Cristiane Conde Chmatalik (JFES) e Karina de Oliveira (JFRJ), ambas convocadas para o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do TRF2.

Encerrando o evento, a juíza Karina de Oliveira declarou o quanto se sentia "honrada por voltar a esta Casa". "Quando passei no concurso em 2010, minha primeira jurisdição foi em Cachoeiro de Itapemirim, onde morei por dois anos e meio. Fui muito feliz lá, frequentava muito Vitória, cheguei a trabalhar em Colatina também. Tenho um carinho muito especial pelo Espírito Santo, que vai estar sempre num lugar muito afetivo no meu coração", revelou. Em seguida, parabenizou as novas conciliadoras e mediadoras da Justiça Federal, desejando que todas estejam "muito cientes da responsabilidade dessa função, que é o grande futuro da Justiça".

A cerimônia contou, ainda, com a presença do diretor da Secretaria Geral da JFES, em exercício, Fabricio Vasconcelos Costa, das coordenadoras do Núcleo de Conciliação do TRF2, Daniele Carvalho. e do Centro de Soluções de Conflitos (Cejusc) de Vitória, Maristher Siqueira, dentre outros servidores, amigos e familiares das formandas, como a bebê Malu.

As novas conciliadoras e mediadoras

"Engravidei no decorrer do curso, tive minha filha, mas ela continuou me acompanhando nas audiências do estágio, até que a gente concluiu as horas e hoje estamos aqui", comemora a formanda Edirlanne, mãe da Malu. Ela conta que a afinidade com a conciliação vem de longa data. Formada em Direito em 2011, já no ano seguinte começou a trabalhar como estagiária conciliadora. Ela conta que atuou dois anos nessa área e em seguida foi advogar, mas sempre pautada nos métodos consensuais. "E agora, com dez anos de advocacia, surgiu a oportunidade de fazer essa qualificação como conciliadora judicial pela Justiça Federal e embarquei nessa!", declara.

Já Brunelli é farmacêutica, mas também se interessa muito pela área do Direito. "Gostei bastante do curso [de formação de conciliadores] e já atuei anteontem, aqui, no Mutirão da Saúde [realizado nos dias 10 e 11/12, na SJES]. Juntei as duas coisas [o Direito e a saúde]. Foi bem bacana", afirma.

Jéssica é estagiária de pós-graduação no Ministério Público Federal. Mas já estagiou na Justiça Federal, justamente no Cescon [Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania, hoje Cejusc). "Saí do Cescon, mas o Cescon não saiu de mim", brinca, acrescentando que quando teve a chance de fazer o curso de conciliação, aproveitou logo para "agregar" aos seus estudos.

Outra que já foi estagiária na Justiça Federal é a Kailane. Ela está no 6º período de Direito e foi estagiária da juíza federal Cristiane Chmatalik na 6ª Vara Federal Cível de Vitória. "Gosto muito dos métodos consensuais de resolução de conflitos, porque trazem celeridade processual e um contato mais informal com as partes", explica. Ela teve matéria de conciliação e mediação na faculdade e, quando viu a oportunidade do curso na Justiça Federal, não pensou duas vezes. "Eu agarrei, porque é uma matéria que gosto muito e que pretendo seguir na carreira", conclui a conciliadora.

A partir da entrega dos certificados e assinatura do Termo de compromisso, as formandas estão aptas a conduzirem audiências de conciliação em diversas matérias.

O curso teve 40 horas aula e 60 horas práticas.