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A Atenção Primária à Saúde (APS) é a base de uma ação cidadã, longitudinal, que visa proporcionar acesso à saúde às coletividades. Por isso os núcleos de APS precisam desenvolver alto grau de capilaridade em seus territórios de atuação. São equipes que necessitam estar sempre muito próximas da vida das pessoas a fim de alcançarem êxito em suas ações de promoção e prevenção à saúde.
Sabemos que a saúde é um direito público, constitucionalmente garantido, e pilar estrutural da seguridade social, envolvendo a participação dos três níveis governamentais: municipal, estadual e federal.
A Justiça Federal, por seu turno, tem sido um dos facilitadores do acesso ao direito à saúde, julgando demandas relacionadas à necessidades de assistências medicinais e farmacêuticas no âmbito do SUS e das organizações e conselhos relacionados à saúde.
Atuar na busca de soluções em nível administrativo vem se tornando fundamental para dirimir conflitos, evitar novos processos judiciais e, principalmente, agilizar o atendimento e acesso das populações a procedimentos terapêuticos.
Em paralelo e interligado as questões de saúde coletiva, em realidades de complexidades socioeconômicas como as existentes em nosso país, as atividades de APS se fazem extremamente necessárias e perpassam questões outras, como as de natureza previdenciária e de assistência social.
É nesse sentido que o Centro de Atendimento Itinerante da Justiça Federal vem desenvolver dentro do Programa Interfaces Cidadãs um módulo de capacitação em justiça e cidadania visando a apoiar os gestores e colaboradores municipais da área de saúde na tomada de decisões interligadas à proteção social, assim como possibilitar que os cidadãos servidos pela rede de APS possam através de seus operadores alcançar mais informações e conhecimentos para acessarem direitos institucionais.
O módulo de capacitação proposto a partir de reuniões com os gestores de APS do município se estruturou da seguinte forma: