Fojurj: Santuário Cristo Redentor realiza ato inter-religioso em comemoração ao Dia da Justiça

Na noite desta quinta-feira, 7 de dezembro, foi realizada, no Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, localizado no Morro do Corcovado, uma Cerimônia de Comemoração do Dia da Justiça, com o objetivo de homenagear o Poder Judiciário e todos os profissionais que atuam para o cumprimento da justiça no país.

O ato inter-religioso foi organizado por iniciativa dos presidentes do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo; do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), desembargador João Ziraldo Maia; do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), desembargador federal Guilherme Calmon; e do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT1), desembargador Cesar Marques Carvalho, integrantes do Fórum Permanente do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (Fojurj). O Fórum é integrado pelo TJRJ, TRF2, TRT1 e TRE-RJ e tem como objetivo estabelecer parcerias e alinhar ações coordenadas tanto na esfera judicial, como na administrativa, entre os tribunais sediados no Estado do Rio de Janeiro.

Em seu discurso, o presidente do TRF2, desembargador federal Guilherme Calmon, destacou que o ano de 2023 marca uma nova fase da trajetória dos quatro ramos do Poder Judiciário no Estado do Rio de Janeiro. "A existência do Fórum Permanente do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (Fojurj) é, simultaneamente, motivo de comemoração - pela união da Justiça Federal do RJ, da Justiça Estadual do RJ, da Justiça do Trabalho do RJ e da Justiça Eleitoral do RJ -, e, ao mesmo tempo, de reconhecimento da responsabilidade social que o Sistema de Justiça tem perante a sociedade fluminense em todas as suas dimensões", destacou o magistrado.

Ainda segundo o desembargador, "o Dia da Justiça é um dia simbólico para reforçar à sociedade em geral a relevância do Poder Judiciário na vida das pessoas e celebrar com a comunidade jurídica os bons frutos colhidos pela Justiça brasileira em benefício do cidadão. Afinal, o dia 8 de dezembro é o Dia da Justiça no Brasil. Daí a razão de celebrarmos a integração dos quatro Tribunais aos pés do Cristo Redentor, símbolo maior daquilo que se almeja em toda a história da nossa civilização: a paz. É hora da humanidade questionar-se: o que vale a ganância, a intolerância, a maldade, a desumanidade, o egoísmo, a indiferença ao outro?", afirmou o desembargador.

 

Guilherme Calmon Nogueira da Gama (TRF2)

 

A Constituição Federal - continuou - "ao completar recentemente 35 anos de vigência, explicita a dignidade da pessoa humana como um dos fundamentos da República brasileira. Valor máximo do ordenamento jurídico, a dignidade deve significar que a pessoa humana não pode em hipótese alguma ser coisificada. E que, ao mesmo tempo, é preciso reconhecer no outro a dimensão existencial quanto ao direito à vida digna. As Justiças aqui irmanadas, tal como as religiões aqui reunidas, demonstram como é possível reverter o quadro de injustiças e iniquidades que significativa parcela da população vem sendo vítima", ressaltou o presidente do TRF2.

Também discursaram na solenidade os desembargadores presidentes dos demais tribunais que integram o Cesar Marques Carvalho (TRT1), João Ziraldo Maia (TRE-RJ) e Ricardo Rodrigues Cardozo (TJRJ).

 

Ricardo Rodrigues Cardozo (TJRJ)

 

João Ziraldo Maia (TRE-RJ)

 

Cesar Marques Carvalho (TRT1)

 

Guilherme Calmon Nogueira da Gama (TRF2)

 

O evento contou com a presença do Vigário Episcopal para a Caridade Social da Arquidiocese do Rio de Janeiro Monsenhor Manuel de Oliveira Manangão, representando o arcebispo geral do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta; da dra. Claudine Milione, diretora jurídica da Arquidiocese do Rio de Janeiro, representando o padre Omar, reitor do Santuário Cristo Redentor; da corregedora Regional da Justiça Federal da 2ª Região, desembargadora federal Leticia De Santis Mello; do desembargador federal do TRF2 Theophilo Miguel; e do General Ernesto de Lima Gil, representando o Comandante Militar do Leste, general Andre Luis Novaes Miranda; entre outras autoridades.

Representando a diversidade de crenças que existe no Brasil, a cerimônia deu espaço ao sr. Marcio de Jagum, candomblecista, representando as religiões de Matriz Africana; pastor Edvaldo Nascimento, da Igreja Batista, representando as igrejas evangélicas; sr. Alexandre Pereira, representando a Comunidade Espírita; sra. Kunti Devi Dasi, representando a religião Hare Krishna; sr. Paulo Maltz, representando a Comunidade Judaica; Sheikh Adam Muhammad, representando a Comunidade Muçulmana; e o padre Vitor Pimentel, da Igreja Católica Greca-Melquita, em nome da religião católica.

 

sr. Marcio de Jagum

 

pastor Edvaldo Nascimento

 

sr. Alexandre Pereira

 

sra. Kunti Devi Dasi

 

sr. Paulo Maltz

 

Sheikh Adam Muhammad

 

padre Vitor Pimentel

 

A celebração também contou com apresentações musicais da Orquestra Violões do Forte, criada em 2011, a partir de uma iniciativa do Instituto Rudá e do Comando do Forte de Copacabana, do Exército Brasileiro. O grupo é formado por jovens talentos provenientes de comunidades do Rio de Janeiro, sendo formada por jovens com idade entre 13 e 21 anos, alunos da rede pública de ensino.

 

Orquestra Violões do Forte

 

Ao final da celebração, o monumento ao Cristo Redentor ganhou iluminação especial em vermelho. Uma curiosidade histórica: o Cristo Redentor foi iluminado pela primeira vez em 1931 a partir de um impulso elétrico disparado de Roma (a 10 mil quilômetros de distância).